George Steiner, no seu livro "Errata: revisões de uma vida", sobre o alcance da interpretação:
A mais íntima força viva do poema ou prosa elucidados, a sua força contra o tempo permanecerá intrínseca. Nenhuma hermenêutica equivale ao seu objecto. Nenhuma rescrita, via «dissecção» analítica, paráfrase ou emoção descritiva, pode substituir o original (naquilo que é efémero ou funcional, tal substituição é possível).
Como se comprova pela música. Toda a compreensão reside na continuada interpretação. Assim, a interpretação e a crítica são, nas suas mais honestas realizações, narrativas de encontros pessoais, sempre provisórias e mais ou menos sugestivas e enriquecedoras.