10.02.25
Raúl Brandão, ainda sobre a Madeira, em "As ilhas desconhecidas":
"Há dias tão lindos que a gente tem medo de lhes tocar – imóveis, e dum azul magnético. A vida não tem peso, tudo parece um sonho. As noites são de magia. Rosas por toda a parte. O sopro tépido vem dos montes. E isto bebe-se devagarinho, aos golos – entra nos poros e nas almas e enlanguesce-as. Quem pode acreditar na morte, no frio horrível e eterno, diante da natureza, que nos estende os braços cheia de flores e de perfumes em pleno Inverno?..."