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Posto de Escuta

Achados numa página ou rua algures.

Achados numa página ou rua algures.

06.11.25

David Byrne, no seu livro "Diário da Bicicleta" (Quetzal, 2010):

"Tenho cinquenta e tal anos, por isso posso confirmar que usar uma bicicleta para nos deslocarmos não é uma coisa apenas para os mais novos e enérgicos. Na realidade, não precisamos do spandex e, a não ser que o queiramos, andar de bicicleta não é necessariamente assim tão cansativo. É a sensação de liberdade — a sensação física e psicológica — que é mais persuasiva do que qualquer argumento em termos práticos. Ver as coisas de um ponto de vista que está suficientemente perto dos peões, dos vendedores e das fachadas das lojas, aliado a uma forma de nos deslocarmos que não se sinta como estando completamente divorciada da vida que ocorre nas ruas, é um puro prazer.

Observar e participar na vida de uma cidade — até mesmo para uma pessoa reticente e muitas vezes tímida como eu — é uma das grandes alegrias da vida."

05.11.25

David Byrne, no seu livro "Diário da Bicicleta" (Quetzal, 2010):
 

"Para Nova Iorque, Peñalosa recomendou que primeiro se imaginasse o que uma cidade poderia ser. O que uma pessoa desejaria que fosse, que poderia ser alcançado em cem ou mais anos. Tal como com as grandes catedrais góticas, temos de imaginar uma coisa que não vamos ver durante a nossa vida, mas uma coisa que os nossos filhos e netos poderão vir a conhecer. E isso também nos liberta da hipótese de descartarmos uma ideia rapidamente por ser considerada demasiado optimista ou pragmaticamente improvável."

01.11.25

Poema de Marcos Ana (citação parcial do seu livro "Digam-me como é uma árvore", Guerra&Paz, 2009):

Falem-me do mar, falem-me
do aroma aberto do campo,
das estrelas, do ar.

Recitem-me um horizonte
sem fechadura e sem chaves,
como a cabana de um pobre.

Digam-me como é o beijo
de uma mulher. Dêem-me o nome
do amor, não o recordo.

As noites ainda se perfumam
de apaixonados com tremores
de paixão sob a lua?

Ou resta apenas esta fossa,
a luz de uma fechadura
e a canção das minhas lajes?

Vinte e dois anos... Já esqueço
a dimensão das coisas,
a sua cor, o seu aroma... Escrevo

a tactear: «o mar», «o campo»...
Digo «bosques» e perdi
a geometria da árvore.

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